segunda-feira, 7 de julho de 2014

Texto sobre o 13 de maio




Por Rute Santos
Graduada em História pela UFV, professora de História da rede pública, membra do NEAB Viçosa

 Dia 13 de maio - Há 126 anos, nossos ancestrais trazidos forçosamente da África para servir de mão-de-obra escrava em terras brasileiras e seus descendentes foram libertos. Mas de que "liberdade" estamos falando? Uma liberdade concedida pela "redentora" princesa Isabel, através da Lei Áurea onde não houve se quer uma política de inclusão desses cidadãos na sociedade da época, pelo contrário, foi desenvolvida a política de branqueamento por parte das autoridades com o incentivo à imigração europeia. Consequentemente, durante um longo período nosso povo negro continuou subjugado aos seus antigos senhores....
Escrevo esse texto como uma reflexão que faço a esta data. Com mais de um século de abolição do sistema escravista, nosso povo negro ainda é tratado com infinitas diferenças que os inferiorizam em relação aos indivíduos não negros. Ora pois, nossa sociedade é miscigenada por negros, índios e europeus e além disso, a maioria da população afirma que vivemos sob uma democracia racial. Onde está essa democracia, que quando abro o facebook, ligo a TV, abro jornais ou revistas me deparo com notícias de barbaridades que um/a cidadão negro/a é submetido/a cotidianamente? A sociedade brasileira se acostumou a aceitar com naturalidade qualquer situação de marginalidade ou violência em que um afrobrasileiro é inserido.
Não desconsidero as conquistas que com muita luta a população negra conquistou e vem conquistando com o passar dos anos, mas penso que até o presente momento, 13 de maio é uma data de reflexão e reivindicação acerca do ranço que o período colonial deixou na trajetória dos negros e negras do nosso Brasil!

Mostra traz registros fotográficos da dinâmica da escravidão no Brasil

Escravos-em-terreiro-de-uma-fazenda-de-café-Vale-do-Paraíba
Escravos em terreiro de uma fazenda de café – Vale do Paraíba, c. 1882

A dinâmica da escravidão no Brasil

A Galeria Fiemg, em Ouro Preto, recebe a exposição ‘Emancipação, inclusão e exclusão. Desafios do Passado e do Presente – fotografias do acervo do Instituto Moreira Salles’, com fotografias de Marc Ferrez, Victor Frond e George Leuzinger, entre outros. A exposição tem curadoria de Lilia Schwarcz, Maria Helena Machado e Sergio Burgi e faz parte do evento Fotógrafos em Ouro Preto, que reúne mostras, oficinas, palestras e atividades voltadas para a fotografia, suas técnicas e suas particularidades. A Galeria Fiemg é parceira do evento.
A mostra é composta por imagens fotográficas de negros livres ou escravos, no Brasil, ocupados com seus trabalhos, seja na área rural ou nas cidades. São carregadores, vendeiros, barbeiros, lavradores. As novas técnicas de fotografia e impressão possibilitaram a ampliação das imagens originais e a descoberta de gestos, olhares e ângulos que conferem mais singularidade aos indivíduos fotografados, sejam eles escravos, libertandos ou libertos. A exposição, ao trazer as imagens ampliadas, proporciona um novo olhar para a história de nosso País e a apreciação mais aproximada das técnicas fotográficas utilizadas no século XIX...


Para ler o texto na íntegra, acesse:
http://www.geledes.org.br/mostra-traz-registros-fotograficos-da-dinamica-da-escravidao-brasil/

RACISMO MATA - Contra o genocídio da Juventude Negra




O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA é um termo utilizado para designar crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de grupos étnicos, raciais, e/ou religiosos, mas não só: Os aspectos simbólicos e da defesa da ideia da terra como um bem coletivo, a partir dos valores de terreiros tradicionais, quilombolas e indígenas, todos vítimas do extermínio.
No Brasil, mais da metade dos homicídios (53%) atinge pessoas jovens, sendo que, deste grupo, mais de 75% são jovens negros. Grande parte dessa violência é promovida pelo Estado brasileiro através de suas polícias. Isso somado às precárias condições de vida e à negação de direitos básicos tais como saúde, educação, segurança, moradia, transporte, acesso à universidades, à cultura e ao lazer – que atingem sobremaneira a população negra - configura na visão dos movimentos sociais e do movimento negro, um estado de genocídio contra a juventude e ao povo negro.


Para ler mais acesse:

http://www.racismomata.org/

Jovens criam loja virtual com produtos do continente africano




abbe foto


Para ler a notícia, acesse:

http://www.pordentrodaafrica.com/negocios/jovens-criam-loja-online-com-produtos-continente-africano

Escola faz uso de faz de conta para falar de racismo


Nem loiro dos olhos azuis nem moreno dos olhos verdes. Diferente dos estereótipos presentes nas histórias de literatura infantil, o boneco Azizi Abayomi é um príncipe africano negro. Figura conhecida por alunos e professores da escola municipal de educação infantil Guia Lopes, na zona norte de São Paulo, o personagem tem sido usado para discutir questões sobre racismo e tolerância com crianças de 3 a 5 anos. Com uma dose de imaginação e um pouco de criatividade, esse e outros bonecos já fazem parte do dia a dia escolar, mostrando que racismo é coisa séria, mas que pode ser tratado de forma lúdica.

Trabalhando com a ideia de figuras de afeto, a escola utiliza bonecos para criar vínculos com os alunos. O primeiro personagem negro a ser incorporado no cotidiano da escola foi Azizi. Feito de palha e com roupas de pano, o boneco foi apresentado em 2011, como uma forma de desenvolver um projeto pedagógico que incluísse o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo, conforme institui a lei 10.639/03.
“A gente sempre procurou trabalhar o tema diversidade com os alunos, mas era daquela forma de que se pontuava apenas o óbvio”, contou a diretora Cibele Racy. Segundo ela, durante uma reunião pedagógica com as professoras da escola, após levantar o questionamento se existia racismo entre as crianças, não foi possível chegar a uma conclusão. A partir daí, perceberam que seria necessário incluir essas discussões no ambiente escolar. “A nossa incapacidade de perceber a existência da intolerância nos levou a desenvolver esse projeto”, explicou...

Para ler o texto na íntegra:

http://www.ebc.com.br/infantil/para-educadores/2014/05/usando-o-faz-de-conta-para-falar-de-racismo

Colombiano que lesionou Neymar sofre insultos racistas de brasileiros

A lesão que tirou Neymar da Copa do Mundo foi causada por Zuñiga, defensor colombiano, em lance aos 40 minutos do segundo tempo do jogo no Castelão, em Fortaleza, que terminou com triunfo brasileiro por 2 a 1.
Só que muitos brasileiros esqueceram do respeito e partiram para ofensas raciais contra o jogador da seleção colombiana. São diversos internautas chamando o atleta de "macaco" e utilizando outros insultos racistas.
Confira abaixo:

Livros sobre temática negra para baixar



Livro "Escrevo o que eu quero em PDF para baixar" - de Steve Biko .
Link: http://minhateca.com.br/junior.livros/Steve+Biko+-+Escrevo+o+que+eu+quero,23884514.pdf




Link para o livro: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/126/3/Capoeira%20identidade%20e%20genero.pdf


Barbosa diz que deixa STF com sentimento de dever cumprido

barbosabye

por Evandro Éboli e Eduardo Bresciani
BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou na manhã desta terça-feira que deixa a Corte com a sensação de ter cumprido seu dever. Ele nega que o período em que esteve no STF tenha sido tumultuado e elogia o tribunal por ter tomado decisões importantes. Barbosa participou de sua última sessão no Supremo nesta terça-feira.
— Saio tranquilo, com a alma leve, e, o que é fundamental, com o sentimento de cumprimento de dever. Hoje tratamos de um tema especial da minha predileção que é o jogo entre os Poderes da República — disse Barbosa, referindo-se ao julgamento sobre número das bancadas na Câmara de Deputados.
Barbosa afirmou que, depois de passar onze anos no STF, se sente um privilegiado:
— A sensação depois de 11 anos é boa. Foi um privilégio imenso tomar decisões importantes para o pais. Não só eu, mas toda a corte. O Supremo teve papel extraordinário para a democracia.
Perguntado se não houve muito turbulência na sua passagem pelo tribunal, reagiu:
— O período foi turbulento só para a imprensa, para mim nem um pouco.
Perguntado se poderia se candidatar a um cargo político, ele respondeu:
— A política não tem na minha vida essa importância toda. A não ser como objeto de estudo, mas uma política bem elevada — disse — não tenho esse apreço todo pela política do dia a dia — complementou.

Para ler o texto na íntegra:

http://www.geledes.org.br/barbosa-diz-que-deixa-stf-com-sentimento-de-dever-cumprido/

Campanha de segurança revolta entidades raciais em Ribeirão Preto

Silva Jr. / Especial



O material de uma campanha de prevenção a roubos da Polícia Militar (PM) revoltou entidades que lutam pela igualdade racial em Ribeirão Preto, que irão acionar hoje o Ministério Público.
No cartaz, afixado no interior dos ônibus de algumas linhas do município, há uma mulher branca sendo observada por um personagem de cor negra, que a PM diz se tratar apenas de uma silhueta. As entidades, entretanto, discordam.
“Isso evidencia o racismo institucional da Polícia Militar e reforça símbolos do senso comum, associando o negro ao mal”, explica Silvia Helena Seixas, coordenadora estadual do Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras).
Ela diz que a imagem é prejudicial à autoestima das pessoas negras, em especial os jovens da periferia. 
Hoje, a Conen vai procurar a PM, a Transerp e a Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), que custeou os panfletos, para que a propaganda seja “imediatamente” retirada e que as entidades se comprometam a realizar capacitação de políticas públicas afirmativas.
O Ministério Público será acionado para intermediar o diálogo. A Unegro (União de Negros pela Igualdade) também irá recorrer à promotoria. “É um conteúdo extremamente discriminatório, é assustador que a PM reforce esses estereótipos”, afirmou ao A Cidade Ana Almeida, vice-presidente estadual da entidade.
Para ler mais, acesse o link:
http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,956422,Campanha+de+seguranca+revolta+entidades+raciais+em+Ribeirao+Preto.aspx