quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PROGRAMAÇÃO DO NOVEMBRO NEGRO



07/11
13h30 - Cine DLA NEAB
Filme: Quilombo.

 Local : Depto de Letras
Com Augusto Renan do NEAB





Cena do filme


Debate



09/11
09h30 as 12h00 – Capoeira, hip-hop, sarau de poesias, desfile das pérolas negras ( Festival da Cultura Negra – Casa Cultural do Morro)







10h30 - Programa Conversa Franca da Quintal FM sobre o Dia da Consciêncai Negra
Da direita para esquerda:  Francy Silva ( NEAB), Mestre Garninzé, filha do mestre, Marina Gabriela (NEAB), Rômulo ( Radialista , Levante Popular da Juventude )

14h - Oficina de produção de cartazes. Local: Estação Cultural Hervé Cordovil.







13/11 
13h30 - Cine DLA NEAB
Filme: Um grito de liberdade. Local : Depto de Letras
Com Mario Matengue( da Associação de Estudantes Africanos da UFV)




Cena do filme

en
Festival da Cultura Negra - Casa Cultural do Morro
15/11
20h00 - Baile da Periferia ( Festival da Cultura Negra – Casa Cultural do Morro)
Local: Bar Divone - Rebenta


16/11
Morro x Morro (Festival da Cultura Negra – Casa Cultural do Morro)
Local: Praça de Esportes - AEV


17/11
Samba do fim de tarde (Festival da Cultura Negra – Casa Cultural do Morro)
Local: Bar do Negão - Rebenta


19/11
18h - Participação na reunião na Câmara dos vereadores

20/11

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA E DIA NACIONAL DE ZUMBI DOS PALMARES


10h30 AS 13h00 - Feijoada no RU
11h00 as 13h45 - Feijoada no Restaurante Multi-uso


5ª MARCHA ZUMBI DE PALMARES E CANDINHO

17h00 - Concentração com danças afro nas 4 pilastras e confecção de cartazes
18h - Saída da Marcha. Congado abre o caminho e em seguida, o bloco segue puxando a marcha. 
Durante a marcha: “ O Bloco” Maracatu
Final da Marcha, antes de chegar na praça: Congado seguirá até a praça. 
19h - Praça Silviano Brandão. Apresentações culturais: Jazz, Hip Hop, Capoeira e Samba.



ESSA MARCHA FOI UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA DOS GRUPOS DE VIÇOSA QUE TRABALHAM COM A TEMÁTICA DO NEGRO E DA NEGRA, SÃO ELES:



20/11/13 – 20/12/13
Exposição - África: Cores, Formas e Raízes, com obras dos artistas José Antônio Santana, Oswaldo Santana (foto) e Patrick Ouger. 
No dia 20/11, as 12h30 a abertura contará com apresentações do Coral da UFV e da banda Expresso 22.
 Local: Pinacoteca da UFV, atrás da Caixa Econômica do Campu UFV



Mostra A cor do Blues, com quadros temáticos inspirados no blues e no jazz, de José Antônio Santana.
Horário: 12h30
Local: Estação Cultural 

21/11
13h30 - Cine DLA NEAB
Filme: A Cor Púpura  ( com Whoopi Goldberg)
Local : Depto de Letras, sala 16
Debatedora: Francy Silva do NEAB


24/11
19h - Missa Quilombola na Paróquia de Fátima




25/11
I Mostra JazzcomJazz de poéticas Negras

I Mostra Jazz com Jazz 
08h30 - Inauguração do Prédio de Dança - UFV 
I

16h00 - I Mostra Jazz com Jazz
Defesa da Monoografia: Jazz com Jazz
Local: Auditório AGROS UFV

18h30 - I Mostra Jazz com Jazz
Lançamento do filme: " Um filme de Dança, de Carmen Luiz
Local: Auditório da Biblioteca Central

26/11
15h - I Mostra Jazz com Jazz
Debate transdisciplinar Poéticas Negras
Local: auditório AGROS UFV

27/11
Semana de Enfrentamento á Violência contra a mulher
12h30 às 13h - Momento Cultural: Núcleo de Estudos Afro-brasileiro (NEAB)
13h às 13h30 - Roda de Conversa: Dimensões de raça e etnia na violência contra a mulher16h(sala de videoconferência): Exibição do curta-metragem Acorda Raimundo, acorda! 



28/11
13h30 - Cine DLA NEAB
Filme: A Negação do Brasil . Local : Depto de Letras
Com Rute Santos do NEAB

mbro


04/12
12h30 - DCE Debate: O que é ser negra/negro
Local: Estaçãozinha da UFV


Mais informações:

Blog ou e-mail do NEAB
NEAB Viçosa/UFV: neabufv.blogspot.com ou neabvicosa@yahoo.com.br

Evento no facebook:


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CINE CONSCIÊNCIA NEGRA

COMEÇA, AMANHÃ, DIA 07 DE NOVEMBRO O CINE 
CONSCIÊNCIA NEGRA!

LOCAL: CINE DLA - PRÉDIO DO DEPARTAMENTO DE LETRAS
HORÁRIO: 13H30

E O PRIMEIRO FILME A SER EXIBIDO SERÁ O FILME QUILOMBO

Um filme de Cacá Diegues, com grande elenco: Toni Tornado, Zezé Mota, Milton Gonçalves, Antônio Pitanga, João Nogueira ( sambista), Daniel Filho, Jonas Bloch e Vera Fischer

Filme premiado no: Festival de Cartagena ( Colômbia) , Festival de Cannes (França -  indicado a Palma de Ouro) e Festival de Miami(EUA)

Sinopse: Em torno de 1650, um grupo de escravos se rebela num engenho de Pernambuco e ruma ao Quilombo dos Palmares, onde uma nação de ex-escravos fugidos resiste ao cerco colonial. Entre eles, está Ganga Zumba, príncipe africano e futuro líder de Palmares, durante muitos anos. Mais tarde, seu herdeiro e afilhado, Zumbi, contestará as idéias conciliatórias de Ganga Zumba, enfrentando o maior exército jamais visto na história colonial brasileira. 
Do site www.adorocinema.com.br





ORGANIZAÇÃO: CINE DLA E NEAB VIÇOSA-UFV

MARCHA PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM VIÇOSA!!!

NOVEMBRO NEGRO JÁ CHEGOU!!!

E A MARCHA PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM VIÇOSA TAMBÉM ESTÁ CHEGANDO!!!











sábado, 2 de novembro de 2013

5a Marcha Zumbi dos Palmares & Candinho, em Viçosa - MG



TODOS ESTÃO CONVIDADOS PARA A 5a MARCHA ZUMBI DOS PALMARES & CANDINHO - PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, EM VIÇOSA - MG, QUE ACONTECERÁ NO DIA 20 DE NOVEMBRO E SAIRÁ AS 18H DA PRAÇA DAS 4 PILASTRAS DA UFV EM DIREÇÃO AO CENTRO DE VIÇOSA. 

Esse ano ela é intitulada: Zumbi dos Palmares & Candinho, homenagenado Zumbi, o representante maior da resistência do negro no Brasil e Candinho, um servidor da UFV que lutou pelos negros e operários em Viçosa

EM BREVE MAIS DETALHES SOBRE A MARCHA E SOBRE A PARTE CULTURAL PÓS-MARCHA.

PARA SABER MAIS, ACESSE O SEGUINTE LINK NO FACEBOOK:

ZUMBI VIVE!!!

A filósofa americana Angela Davis lutou contra a opressão das mulheres negras nos EUA





 Há muito tempo, o feminismo vem combatendo a ideia de que o sexo feminino é o “sexo frágil”. Para muita gente, essa é uma das principais reivindicações que representam o feminismo – tanto para quem está de fora, quanto para muitas das próprias ativistas dentro do movimento. No entanto, a questão é bem mais profunda e há outras nuances que quase sempre são deixadas de lado na luta pela igualdade. Afinal, as mulheres negras nunca foram vistas como fisicamente frágeis. Com tantos abusos aos quais as negras são sujeitas, destruir um estereótipo de fragilidade não é nem de longe uma de suas demandas mais urgentes.

 É importante entender que a mulher tida como frágil devido aos valores machistas da sociedade é sempre a mulher branca, especialmente aquela de classe privilegiada, que possui certo poder de consumo e que é pressionada a atingir os padrões de pureza, delicadeza e fragilidade femininas. A mulher negra brasileira nunca se encaixou nesses parâmetros e nem poderia: ela é protagonista de vários séculos de exploração, escravidão sexual e trabalho braçal forçado. Enquanto à mulher branca é imposto o ideal feminino de pureza cristã, a mulher negra é hipersexualizada e vista como promíscua, sendo relegada ao papel de “Pombagira”, que pertuba o sono da “inocente” dona de casa – constituindo uma teia de discriminação e hipersexualização racialmente seletiva.
 Na cultura brasileira, é impossível pensar em mulheres negras como pessoas frágeis. São as negras que, em sua maioria, começam a trabalhar desde jovens para ajudar a família e precisam largar os estudos para cuidar da roça ou limpar a casa de pessoas brancas como empregadas domésticas. Em incontáveis casos, senhoras negras de idade contam histórias de trabalho contínuo sem qualquer descanso, criando os filhos dos brancos, cuidando da faxina de residências e centros comerciais, transportando cargas e permanecendo em pé dias inteiros enquanto trabalham, sem receber qualquer direito trabalhista ou pausa para repouso. Diferente da mulher branca, a mulher negra jamais teve de reivindicar o direito de trabalhar fora, uma vez que vem exercendo esse tipo de serviço há vários séculos, mesmo contra a sua vontade.
 Enquanto a mulher branca lutava para ingressar no mercado de trabalho e na universidade, buscando o reconhecimento dos seus atributos intelectuais, a mulher negra já trabalhava fora de casa há centenas de anos, sem que nem de longe fosse vista como uma pessoa inteligente. Sob esse aspecto, mulheres negras e brancas têm em comum a batalha pelo reconhecimento de suas faculdades mentais e autonomia para transformar e interagir com o mundo. No entanto, o racismo é o maior responsável por barrar oportunidades para a mulher negra. Para conquistar equiparidade com os homens, é extremamente necessário obter um posicionamento de igualdade entre as próprias mulheres e ser reconhecida como ser pensante com virtudes e individualidade, não somente como braço de trabalho à serviço da população branca.
 Para a mulher negra, ser vista como alguém forte não é uma reivindicação, mas sim um valor imposto pela sociedade e uma ferramenta pela sobrevivência. As mulheres negras jamais são vistas como inaptas para trabalhos manuais, mas sim como uma mão de obra fácil e barata para ser explorada e que pode ser facilmente substituída. Elas precisam se embranquecer em busca de trabalhos intelectuais, que exigem “boa aparência” e são reservados para as mulheres brancas – essas, sim, vistas como fisicamente frágeis.
 Para algumas pessoas, pode parecer que tudo isso ficou para trás, em uma escravidão perdida no passado distante. No entanto, o racismo é muito perverso e, em pleno ano 2013, a discriminação e os estereótipos raciais permanecem fortes e são responsáveis pela naturalização com que se vê mulheres negras empurrando carrinhos de mão repletos de sucata ou lavando as privadas imundas dos banheiros públicos. A falta de sensibilidade quanto a realidade das negras é espantosa, especialmente quando levada em consideração a forma como a sociedade se choca com a possibilidade de uma mulher branca necessitar desse tipo de trabalho.
 Os problemas causados pelo patriarcado oprimem todas as mulheres: as brancas por não serem consideradas fortes e as negras por não serem consideradas humanas. É essencial compreender que delimitar as diferenças pelas quais o machismo oprime mulheres não é uma questão de pesar sofrimentos. As negras têm uma história diferente e sofrem problemas específicos, que precisam ser reconhecidos e combatidos devidamente. A feminilidade imposta não é composta por um único padrão para todas as mulheres e aquilo que é esperado de cada uma varia drasticamente de acordo com sua origem e sua cor. É preciso compreender que a misoginia não é homogênea e que, sem destruir o racismo, a mulher negra jamais será libertada do patriarcado.
 Por fim, resta a certeza de que a mulher negra jamais será um ser frágil, pois sua força para resistir permanece viva. A força da mulher negra não está relacionada a opressão desumana do trabalho que o racismo impõe, mas ao orgulho de si, de suas raízes, sua coragem e de sua capacidade de gerar laços fortes para destruir a discriminação. A força dos seus braços e ombros não existe para a escravidão, mas sim para que possam se unir e formar as paredes de uma represa feminista.
 Jarid Arraes é educadora sexual, feminista e escreve no Mulher Dialética e no Guia Erógeno.
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