quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
I Seminário de Estudos do NEAB - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
DATA: 30 de
novembro e 1 de dezembro
LOCAL: Auditório do PVB e BBT
Descrição do evento: Mesmo com o famigerado Mito da
Democracia Racial que se solidificou em nosso país, se evidencia todos os dias,
nos mais variados espaços, uma alarmante desigualdade entre a população negra e
não negra do Brasil. Há muitos anos, as negras e negros brasileiros vem lutando
por espaço nas esferas educacionais e políticas, espaço, na maioria das vezes,
privilegiado a uma ampla maioria branca, em detrimento de uma vasta população
de afro - descendentes.
Nos últimos anos, o Movimento Negro obteve conquistas importantes no campo das políticas
públicas. Dentre essas conquistas, destaca-se a Lei de Cotas, recentemente
aprovada, que disponibiliza 50% das vagas das instituições federais de ensino
superior para estudantes de escolas públicas, com recorte para negros, pardos e
indígenas. A aprovação dessa Lei vem provocando inflamados debates entre os que
defendem e os que são contrários a esta. Nesse contexto, o Núcleo de Estudos
Afrobrasileiros – NEAB - Viçosa/UFV, convida toda a comunidade acadêmica e
demais interessad@s a participarem do I Seminário Negras e Negras no Brasil
Contemporâneo: discutindo ações afirmativas, que ocorrerá entre os dias 30 de
novembro e 01 de dezembro do ano corrente. Com esse seminário, o NEAB - UFV
pretende ampliar a discussão a respeito desse assunto, no sentido de desfazer
alguns equívocos recorrentes relacionados ao sistema de cotas, ao mesmo tempo
em que, espera fortalecer o debate diante da comunidade acadêmica e divulgar o
trabalho do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Federal de
Viçosa. Participem!
________________________________________________________
PROGRAMAÇÃO:
6A-FEIRA - 30 DE NOVEMBRO
NO CEE, SALA 8
09h00 - Cine-Debate: Desigualdades Raciais e Políticas Públicas, vídeo de Luiza Bairros
Ministra do SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
12h30 às 14h00 - Atividade Cultural: N.E.R.D ( Som das ruas), na Estaçãozinha da BBT
AUDITÓRIO DO PVB
15h30 às 16h00 - Mesa de Abertura
16h00 às 18h00 - Mesa Redonda: Diálogos entre Raça e Classe no contexto das Ações Afirmativas
Cézar Demari - DPE/UFV
Daniela Rezende - CIS/UFV
Kassandra Muniz - LET/UFOP
18h00 às 19h00 - Intervalo para o jantar
19h00 às 20h30 - Roda de Conversa - Negros e negras nas Universidades: ocupando espaçoes, construindo narrativas
20h30 - Café com prosa
18h00 às 19h00 - Intervalo para o jantar
19h00 às 20h30 - Roda de Conversa - Negros e negras nas Universidades: ocupando espaçoes, construindo narrativas
20h30 - Café com prosa
___________________________________________
SÁBADO - 1 DE DEZEMBRO
NA BBT - NA SALA DE CONFERÊNCIA OU MAPOTECA( 2o ANDAR)
09h as 12h - Mini-curso 1: Literatura Feminina Afrobrasileira
Franciane Silva - Mestranda pelo Departamento de Letras da UFV
Membro do NEAB
Franciane Silva - Mestranda pelo Departamento de Letras da UFV
Membro do NEAB
14h as 17h - Mini-curso 2: Corporeidade Negra
Jaqueline Cardoso - Professora do Departamento de Educação Física da UFV Coordenadora do grupo GENGIBRE e do NEAB
_____________________________________________
Jaqueline Cardoso - Professora do Departamento de Educação Física da UFV Coordenadora do grupo GENGIBRE e do NEAB
_____________________________________________
INSCRIÇÕES
DATA: 29 DE NOVEMBRO - 5A FEIRA
LOCAL BARZINHO DO DCE
HORÁRIO: DAS 12H AS 14H
E NO DIA 30 DE NOVEMBRO
NO HALL DO PVB
DAS 08H00 AS 10H00
E NO DIA 30 DE NOVEMBRO
NO HALL DO PVB
DAS 08H00 AS 10H00
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Projeto PIBEX - Oficina sobre JUVENTUDE NEGRA na Escola E.P. Sesbastião Lopes de Carvalho, no bairro do Bom Jesus, Viçosa - MG
Na última terça-feira, dia 6 de novembro, teve continuidade o projeto do PIBEX do NEAB entitulado: Por uma educação Afrocentrada, Cosmovisão africana na Lei 10.639/2003, com a realização da 3a oficina, entitulada JUVENTUDE NEGRA.
A oficina teve como objetivo principal evidenciar os principais problemas que afetam a juventude negra e desfazer os esterótipos negativos a ela associado, ressaltando-se a importante função que o professor pode desempenhar nessa reconstrução, na sala de aula e junto a sociedade.
Da esquerda para direita: Rafael, Francy e Rute, membros do NEAB que coordenaram a oficina
As professores foram divididos em dois grupos e foi pedido para que elas escrevessem em duas cartolinas, palavras que elas associavam a Juventude Negra.
Professoras que participaram da oficina
Em um segundo momento, foram exibidas duas sequências com imagens constratantes sobre a juventude negra e juventude branca, de acordo com os principais estereótipos, consciente e incosciente, atribuidas a cada uma. Ainda foram apresentados alguns dados estatístcos para confirmar a diferença dessa realidade.
Após as atividades descritas acima, foi executada a música " Carta a mãe África" do rapper de Brasília GOG, para ajudar a exemplificar o que foi apresentado na oficina, logo em seguida, foi pedido para que asas professoras escrevessem novamenete, só que dessa vez em um único cartaz, palavras sobre a juventude negra, após a reflexão que a oficina propiciou.
Professores da Escola E. P. Sebastião Lopes de Carvalho e membros do NEAB que participaram da oficina
Curta o vídeo da música " Carta a mãe África" do rapper GOG
Protesto-desabafo de SEU JORGE
O episódio relatado no trecho abaixo, aconteceu, na Fundição Progresso, conceituada, casa de shows da Lapa, Rio de Janeiro
"...Pra quem não sabe - e pelo visto muita gente que estava presente no show não sabia – a apresentação do Seu Jorge tem alguns momentos temáticos, ou seja, em determinado momento ele canta uma sequencia mais romântica, em outra mais dançante, e temos também uma sequencia politizada/protesto, com a música “zé do caroço”, seguida da declamação de “negro drama”, dos Racionais mc’s.
Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que Seu Jorge tem muita autonomia para declamar “negro drama” em um palco, pois um cara que morou na rua, passou fome, sofreu preconceito, e hoje é o que é mundialmente, tanto quanto músico, como ator, tem SIM muita propriedade para se intitular um negro drama, afinal de contas... Dinheiro, problemas, inveja, luxo, fama.
Enquanto Seu Jorge declamava com muita paixão os versos de “negro drama”, parte da plateia começou a vaiar, pois é, vaiar! Antes de continuar eu só gostaria de fazer um questionamento: o que leva uma pessoa a pagar R$60,00 no show de um artista, e posteriormente vaiá-lo? Pois esse foi o meu questionamento imediato na hora, depois vieram muitos outros, mas enfim...
As vaias não intimidaram Seu Jorge, que prosseguiu firme como o seu homônimo santo da Capadócia.
Quando a declamação chegou na parte do Brown, as vaias já eram bem mais expressivas, alguns até vociferavam um coro de: “canta, canta, canta!” Dando a entender que todo aquele recital negro já estava ferindo os tímpanos de alguns acéfalos – racistas talvez – que só queriam cantar e dançar, apenas isso. Talvez uma declamação de “branco drama” soasse melhor naquele momento, talvez não houvesse a vaia, talvez. Mas como não existe tal poesia, eu só posso ficar no talvez.
Eu estava no show com a minha companheira, meu compadre e minha comadre, e todos nós ficamos profundamente chateados e estarrecidos com o que estava acontecendo, afinal de contas, aquelas vaiais ecoavam vários significados: preconceito, ignorância, intolerância, alienação e etecetera e tal. E isso tudo em pleno 2012. E tem gente que ainda acha que o ser humano evoluiu alguma coisa.
Após declamar “negro drama” por completo, as luzes do palco se apagaram, Seu Jorge se calou por alguns instantes, e ao acender das luzes o artista já estava visivelmente abatido, porém não se curvou, e discursou palavras parecidas com estas:
- “Quando eu toco na França eles falam muito bem do Brasil, lá eles falam que se você for branco, bonito e tiver uma faculdade, o Brasil é o lugar para ir. Portanto, vocês que são brancos, bonitos, possuem uma faculdade e o papai dá tudo, aproveitem, pois tem alguém de olho no emprego de vocês.”
Em meio a aplausos e vaias ele continuou...
- “Essa música ‘negro drama’ tem muito significado pra mim, e nos meus shows ela vem seguida de ‘zé do caroço’. Vivemos em um país onde a maioria das pessoas luta pra caramba e permanece na miséria, um país onde a classe trabalhadora não é respeitada, e tudo isso tem que ser dito”.
E teve mais (dá-lhe Jorge!)..."
Texto de Bruno Rico
"...Pra quem não sabe - e pelo visto muita gente que estava presente no show não sabia – a apresentação do Seu Jorge tem alguns momentos temáticos, ou seja, em determinado momento ele canta uma sequencia mais romântica, em outra mais dançante, e temos também uma sequencia politizada/protesto, com a música “zé do caroço”, seguida da declamação de “negro drama”, dos Racionais mc’s.
Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que Seu Jorge tem muita autonomia para declamar “negro drama” em um palco, pois um cara que morou na rua, passou fome, sofreu preconceito, e hoje é o que é mundialmente, tanto quanto músico, como ator, tem SIM muita propriedade para se intitular um negro drama, afinal de contas... Dinheiro, problemas, inveja, luxo, fama.
Enquanto Seu Jorge declamava com muita paixão os versos de “negro drama”, parte da plateia começou a vaiar, pois é, vaiar! Antes de continuar eu só gostaria de fazer um questionamento: o que leva uma pessoa a pagar R$60,00 no show de um artista, e posteriormente vaiá-lo? Pois esse foi o meu questionamento imediato na hora, depois vieram muitos outros, mas enfim...
As vaias não intimidaram Seu Jorge, que prosseguiu firme como o seu homônimo santo da Capadócia.
Quando a declamação chegou na parte do Brown, as vaias já eram bem mais expressivas, alguns até vociferavam um coro de: “canta, canta, canta!” Dando a entender que todo aquele recital negro já estava ferindo os tímpanos de alguns acéfalos – racistas talvez – que só queriam cantar e dançar, apenas isso. Talvez uma declamação de “branco drama” soasse melhor naquele momento, talvez não houvesse a vaia, talvez. Mas como não existe tal poesia, eu só posso ficar no talvez.
Eu estava no show com a minha companheira, meu compadre e minha comadre, e todos nós ficamos profundamente chateados e estarrecidos com o que estava acontecendo, afinal de contas, aquelas vaiais ecoavam vários significados: preconceito, ignorância, intolerância, alienação e etecetera e tal. E isso tudo em pleno 2012. E tem gente que ainda acha que o ser humano evoluiu alguma coisa.
Após declamar “negro drama” por completo, as luzes do palco se apagaram, Seu Jorge se calou por alguns instantes, e ao acender das luzes o artista já estava visivelmente abatido, porém não se curvou, e discursou palavras parecidas com estas:
- “Quando eu toco na França eles falam muito bem do Brasil, lá eles falam que se você for branco, bonito e tiver uma faculdade, o Brasil é o lugar para ir. Portanto, vocês que são brancos, bonitos, possuem uma faculdade e o papai dá tudo, aproveitem, pois tem alguém de olho no emprego de vocês.”
Em meio a aplausos e vaias ele continuou...
- “Essa música ‘negro drama’ tem muito significado pra mim, e nos meus shows ela vem seguida de ‘zé do caroço’. Vivemos em um país onde a maioria das pessoas luta pra caramba e permanece na miséria, um país onde a classe trabalhadora não é respeitada, e tudo isso tem que ser dito”.
E teve mais (dá-lhe Jorge!)..."
Para ler o texto na íntegra
Acesse:
Linha do tempo sobre o MOVIMENTO NEGRO BRASILEIRO
A ENFPT disponibilizou online os
conteúdos da Jornada Nacional de Formação para o Combate ao Racismo no dia 10/9 com acesso restrito a filiados e filiadas do PT.
Agora, afirmando seu compromisso de
ampliação dos espaços formativos, torna
acessível pelo público em geral uma parte destes conteúdos e uma ferramenta
metodológica: a Linha do Tempo
O Movimento Negro e a resistência popular em busca da cidadania, que busca recuperar e apresentar, em ordem cronológica, acontecimentos
relacionados com a história do movimento negro no Brasil.
A linha do tempo está em construção e
todas as pessoas que a acessarem poderão contribuir enviando dúvidas,
sugestões, críticas e materiais que a complementam. Tudo o que for recebido
passará por curadoria específica que definirá sobre sua incorporação nesta
linha do tempo (com os devidos créditos).
Para acessar, clique aqui:
Tutorial de como usar a linha do tempo: http://www.enfpt.org.br/linhatempomovimentonegro
Doação de terreno para a construção do Centro de Referência da Cultura Negra
Efetivada
a doação de terreno para a construção do Centro de Referência da Cultura Negra - Recuperação de Patrimônio Histórico e a
construção de uma Arena Cultural na cidade também foram temas da conversa.
Um
dia importante para a cultura na cidade de Brasília. O encontro entre a
ministra Marta Suplicy (MinC) e o governador do Distrito Federal, Agnelo
Queiroz, culminou com a assinatura do termo que efetiva a doação do terreno, às
margens do Lago Paranoá, à Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC) para a
construção do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra.
A
assinatura do termo foi realizada nesta quarta-feira, (31), e contou, também,
com a presença do presidente da FCP, Eloi Ferreira de Araujo, do presidente do
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), José do Nascimento Junior, e da
presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan/MinC), Jurema de Sousa Machado e o secretário de Cultura do GDF,
Hamilton Pereira.
Ministra e governador comemoram assinatura
"Este documento é muito importante, pois viabilizará a construção de um museu único no país, com um rico acervo voltado para a temática afro-brasileira”, comemorou a ministra.
“Para nós também é motivo de felicidade, pois sabemos da seriedade da Fundação Cultural Palmares, e a cidade de Brasília ganhará muito com um equipamento desse valor”, afirmou o governador.
O espaço tem mais de cinco mil metros. Além do museu, abrigará ainda vários espaços como galerias para exposição, teatro de arena, praça de alimentação e será coordenado pela FCP. O termo prevê a doação para a União através do Ministério do Planejamento e posterior repasse à Fundação Cultural Palmares...
Para ler o
texto na íntegra, acesse:
Site do
Ministério da Cultura
A violência contra jovens negros no Brasil
A cada nova divulgação dos dados sobre homicídios
no Brasil a mesma informação é dada: morrem por homicídio, proporcionalmente,
mais jovens negros do que jovens brancos no país. Além disso, vem se
confirmando que a tendência é um crescimento desta desigualdade nas mortes por
homicídios.
O diagnóstico produzido pelo Governo
Federal apresentado ao Conselho Nacional de Juventude – CONJUVE mostra vetores
importantes desta realidade, para além dos socioeconômicos: a condição
geracional e a condição racial dos vitimizados.Em 2010, morreram no Brasil
49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2 a cada 100 mil habitantes.
70,6% das vítimas eram negras. Em 2010, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram
vítimas de homicídio, ou seja, 53,5% do total; 74,6% dos jovens assassinados
eram negros e 91,3% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino. Já as
vítimas jovens (ente 15 e 29 anos) correspondem a 53% do total e a diferença
entre jovens brancos e negros salta de 4.807 para 12.190 homicídios, entre 2000
e 2009. Os dados foram recolhidos do DataSUS/Ministério da Saúde e do Mapa da
Violência 2011.
Podemos dizer que este tema entrou na cena
pública, quando, em 2007, o Fórum Nacional da Juventude Negra – FONAJUNE lançou
a campanha nacional “Contra o Genocídio da Juventude Negra”. Em 2008, foi
realizada a 1ª. Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, e das
22 prioridades eleitas nesta CNPPJ, a proposta mais votada foi a indicada pela
juventude negra que tematizava justamente os homicídios de jovens negros...
Para ler o
texto na íntegra, acesse:
Madalena, vereadora transexual negra e o mendigo
Por Cidinha da Silva
Eis que o novo hit das redes sociais é um mendigo-gato
de olhos azuis. As moças querem levá-lo para casa, dar leitinho na boca,
banhá-lo e passar talco. Semelhante ao que ocorre com os moços presos, com
penas longas a cumprir, quando arranjam casamento de dentro da penitenciária.
Descolam mulheres fidelíssimas, que zelarão pelo nome que o detento lhes dá, e
elas, em troca, lhes darão filhos depois das visitas íntimas, que elas mesmas
se encarregarão de sustentar.
Há pouco tempo, Renato Rocha, ex-baixista do Legião Urbana, foi descoberto na
condição de mendigo nas ruas do Rio de Janeiro. Ele foi famoso, teve algum
dinheiro, frequentou badaladas festas de embalo, teve milhares de fãs, deve
ainda tê-los, foi belo. Não me lembro de que alguém tenha querido levá-lo para
casa, dar leitinho na boquinha e coisa e tal. Parece que preto mendigo, mesmo
famoso, é um preto só.
As famílias de Renato Rocha e de Rafael Nunes, este o nome do mendigo caucasiano de Curitiba, têm em comum, além do fato de serem trabalhadoras, desprovidas de lastro econômico hereditário, como os demais membros do Legião, por exemplo, o fato de terem oferecido apoio aos dois filhos desgarrados da orientação familiar que um dia tiveram. Renato e Rafael, por sua vez, como diversos moradores de rua, afirmam-na como um espaço de liberdade, de fuga das normas sociais que os oprime, além de serem usuários de drogas. Existe nestas opções, quando assim se configuram, realmente, um drama humano pouco acessível a nós, mortais de vidinha organizada e previsível...
As famílias de Renato Rocha e de Rafael Nunes, este o nome do mendigo caucasiano de Curitiba, têm em comum, além do fato de serem trabalhadoras, desprovidas de lastro econômico hereditário, como os demais membros do Legião, por exemplo, o fato de terem oferecido apoio aos dois filhos desgarrados da orientação familiar que um dia tiveram. Renato e Rafael, por sua vez, como diversos moradores de rua, afirmam-na como um espaço de liberdade, de fuga das normas sociais que os oprime, além de serem usuários de drogas. Existe nestas opções, quando assim se configuram, realmente, um drama humano pouco acessível a nós, mortais de vidinha organizada e previsível...
Para ler o texto na íntegra, acesse:
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Oficina sobre Racismo na E. E. P. Sebastião Lopes de Carvalho, no Bom Jesus, Viçosa
O NEAB UFV realizou a sua segunda oficina, na Escola Estadual Professor Sebastião Lopes de Carvalho( no bairro do Bom Jesus, em Viçosa), do Projeto de Extensão (PIBEX) da UFV: " Cosmovisão Africana na lei 10.639: Por uma educação afrocentrada."
Rute, graduanda em História na UFV, membro do NEAB
Esse segundo encontro com os professores da escola citada , teve como temática: "O racismo na escola". Foi reproduzido o filme: "Vista minha Pele", de Joel Zito Araújo. O documentário “Vista a Minha Pele” é uma paródia da realidade brasileira que discute racismo e preconceito. Nesta história, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra. Os países ricos são da África. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda em um colégio particular graças a uma bolsa de estudo, já que a mãe é faxineira na escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, com exceção de sua amiga, que é filha de um diplomata, que morou em países pobres e tem outra visão da sociedade. Com todas as adversidades, Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola. Conta com a ajuda da amiga Luana e as duas vão se envolver em uma série de aventuras para alcançar seus objetivos.
Professoras da Escola Estadual Professor Sebastião Lopes de Carvalho
Professoras da Escola Estadual Professor Sebastião Lopes de Carvalho
Link do vídeo " Vista minha pele":
NEAB NO VII COPENE - CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES/AS NEGROS/AS
Resumo - Entre os dias 16 e 20 de julho, os estudantes membros do
NEAB/UFV, Dashiell Dayer Lopes (graduando em história) e Rodrigo Fernandes de
Oliveira (mestrando em Agroecologia) participaram do VII Congresso Brasileiro
de Pesquisadores/as Negros/as, que foi realizado na Universidade do Estado de
Santa Catarina – Florianópolis/SC. O COPENE é um evento bianual, e teve sua
primeira edição realizada em 2000, nas dependências da Universidade Federal de
Pernambuco, quando foi criada a Associação Brasileira de Pesquisadores/as
Negros/as - ABPN. A sétima edição teve como tema “os desafios da luta anti-racista no século XXI”, e foi organizada
pela ABPN, em parceria com o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da UDESC, tendo
por objetivo apresentar e discutir os processos de produção e difusão de
conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pelas
populações negras nas Diásporas Africanas. A conferência de abertura foi
prelecionada pelo Prof. Dr. Kabengele Munanga, um dos homenageados do evento,
pelo seu envolvimento com pesquisas etnoraciais e contribuições acadêmicas. A
comissão organizadora e os participantes também prestaram homenagens aos
intelectuais e ativistas (in memorian) do movimento negro, Lélia Gonzalez,
Abdias do Nascimento e Vicente do Espírito Santo. O evento constituiu-se em 4 conferências,
15 simpósios, 28 mesas redondas e 20 mini-cursos, abordando temas como, religiosidades,
relações raciais, educação e africanidades, gênero e diversidade, construção da
identidade negra, violência e questão racial, literatura e expressões
artísticas, movimentos sociais negros, políticas públicas, quilombos e imprensa.
A programação cultural teve como destaque apresentações de dança, música, maracatu
e capoeira. Estiveram presentes estudantes
e profissionais de todas as regiões do país, destacando os Estados da Bahia,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. As atividades envolveram palestrantes
de alto nível, num espaço de discussão dos estudos de relações raciais e
fortalecimento profissional daqueles/as que se dedicam à essa temática.
Da esquerda para a direita:
Rodrigo (membro do NEAB, pós-graduando em agroecologia na UFV ),
Prof. Dr. Alex Ratts ( pesquisador da Universidade Federal de Goiás - UFG)
Dashiell ( membro do NEAB e graduando em hisória na UFV)
Assinar:
Postagens (Atom)