sábado, 22 de setembro de 2012

Campanha contra o Genocídio da Juventude Negra

 
"Na última quarta feira, dia 18 de julho de 2012, mais de 130 pessoas de diversas organizações estiveram presentes no encontro que discutiu a Campanha Contra o Genocídio da Juventude Negra. A iniciativa, nascida da parceria entre o Forum Hip Hop e o Gt Juventude da Rede Nossa São Paulo, tem por objetivo exigir uma mudança profunda na politica pública de segurança que vem vitimando jovens da periferia de São Paulo e de cidades próximas, em sua grande maioria, negros, e busca organizar uma campanha que consiga traduzir a grande mobilização que este tema tem entre organizações e jovens.http://forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com.br/"
 
 
Para assistir o vídeo, acessar o link abaixo:
Fonte:

Carta aberta contra a personagem "Adelaide" do programa Zorra Total da TV Globo

 
"O Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR), que reúne organizações da sociedade civil e organizações negras para o combate ao racismo e para a promoção da igualdade racial no Brasil, vem a público manifestar total repúdio ao programa Zorra Total, veiculado semanalmente pela TV Globo e, em especial, ao episódio intitulado “Adelaide”. Dissimulado como suposto humor, o programa exibe conteúdo explicitamente racista, sexista, recheado de estereótipos e ofensivo à população negra, ferindo gravemente os direitos humanos de milhões de brasileiros.
 
“Adelaide” é o estereótipo de uma mulher negra pobre, sem instrução formal, que pede esmolas no metrô. Cada episódio traz uma narrativa diferente, sempre com conteúdo racista e humilhante para negros e negras. No programa que foi ao ar no dia 01/09/2012, “Adelaide” - interpretada pelo ator Rodrigo Sant´anna - chama ao palco sua filha, que é anunciada como “linda” e traz uma faixa atravessada sobre o peito com os dizeres “urubu branco”. A menina é retratada com as mesmas características da mãe: sem dentes, cabelos “despenteados”, erotizada, dissimulada e usuária de uma forma de linguagem cujo objetivo é o de desqualificar pessoas que não tiveram acesso ao ensino formal. O coreógrafo Carlinhos de Jesus é convidado para o quadro na condição de padrinho da menina e diz a esta que vai lhe presentear com um pente de alisar o cabelo, evidenciando, mais uma vez, um conjunto de estereótipos ofensivos sobre as características de pessoas negras em geral. Se os conteúdos racistas veiculados por este quadro já haviam, desde o seu surgimento, ultrapassado todos os limites do respeito à dignidade humana, a utilização da imagem de uma personagem que representa uma criança se choca, de forma contundente, com o dever de proteção à infância e à adolescência.

É inadmissível que um país de maioria negra, conforme o último Censo divulgado pelo IBGE, mantenha um programa televisivo que, em nome de um pseudo-entretenimento, utiliza-se de um suposto humor para humilhar e desrespeitar a dignidade humana da sua própria população. Os veículos de comunicação têm de estar comprometidos com a produção e difusão de conteúdos não discriminatórios e não estereotipados sobre os negros e negras, conforme foi destacado nas propostas prioritárias da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Por isso, nós, do FOPIR, reforçamos a necessidade de os meios de comunicação dedicarem especial atenção a todo e qualquer conteúdo produzido e veiculado na mídia que possam reforçar a discriminação e o preconceito de quaisquer espécies.


Assinam a carta as organizações abaixo listadas:

1. Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras - AMNB
2. Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do estado do Rio de Janeiro – ACQUILERJ
3. Associação Nacional de Pesquisadores Negros/as - ABPN
4. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - CONAQ
5. Central Única de Favelas - CUFA
6. Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
7. Redes de Desenvolvimento da Maré
8. Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT
9. Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial – COJIRA RJ
10. Fundação Ford
11. Fundação Carlos Chagas
12. Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros - IPEAFRO
13. Baobá – Fundo para Equidade Racial
14. Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ - LAESER
15. Laboratório de Pesquisa em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento - LACED
16. Observatório de Favelas
17. Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa/IESP-UERJ - GEMAA
18. Geledés Instituto das Mulheres Negras
19. ODARA – Instituto da Mulher Negra


Fonte: Site "Observatório da Favelas"
http://www.observatoriodefavelas.org.br/observatoriodefavelas/noticias/mostraNoticia.php?Section=5&id_content=1240

Sobre algumas vitórias recentes da luta afro-brasileira

Parte do artigo da edição de junho da Revista " Fórum"
 
"Alguma coisa mudou no debate sobre raça no Brasil, e mudou significativamente. Entre os que acompanham o tema há mais de uma década, não houve quem não percebesse um deslocamento auspicioso, uma ligeira mudança na correlação de forças, uma nova fresta aberta para a luta afrobrasileira. A vitória unânime das cotas no STF é um capítulo importante do processo, mas ela não foi, necessariamente, sua causa principal. A histórica derrota imposta à ADI 186, do DEM, que pleiteava que o STF declarasse inconstitucionais as cotas raciais no ensino superior (depois de o STF as ter adotado para a contratação de seus próprios funcionários!), representou um emblema, uma espécie de alegoria deste novo momento da luta. A mudança é real, mas convém não exagerar na euforia: se há uma lei universal no combate, é a de que as coisas sempre podem piorar. Nos últimos meses, elas melhoraram um pouco, com acontecimentos que, talvez, possam fazer alguma diferença positiva na monstruosidade racista que são nossas prisões, escolas, polícias, ruas, hoteis e entrevistas de emprego.
 
O Brasil desenvolveu um elaborado aparato de denegação e acobertamento de seu racismo, uma notável coleção de sofismas, falsidades, distorções, meias-verdades e estereotipias que viajam entre a literatura acadêmica, o discurso jornalístico e o senso comum dos beneficiados pelo racismo. Ouvem-se com facilidade, no Brasil, comparações impronunciáveis em outras comarcas, como “se for ter cota pra negro, por que não tem cota pra canhoto ou pra gordo?” Também se legitimam discursos que misturam a falácia e a mentira, como em “o problema não é racial, é social; só os negros pobres sofrem preconceito, os negros ricos, não”, argumento que não só afirma algo falso, já que os poucos negros ricos também sofrem preconceito– aliás, violento, posto que o branco tende a perceber aquele lugar de prestígio como seu e o negro bem-sucedido como um invasor. Ele também recai na velha falácia de pressupor o que deve ser explicado. Se há poucos negros ricos e muitos negros pobres, antes de provar que o problema é social-daltônico, isso atesta que a desigualdade está inscrita racialmente, sendo que esse próprio fato, invariavelmente, deve ser lembrado ao negacionista que recorre ao argumento.
 
Entre os golpes sofridos pelo negacionismo brasileiro e por alguns de seus principais porta-vozes no passado recente, contam-se: ..."

Para ler o texto na íntegra:

Fonte:http://revistaforum.com.br/idelberavelar/2012/06/26/sobre-algumas-vitorias-recentes-da-luta-afro-brasileira/

Roda de Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Campanha de apoio a candidatura da Capoeira a Patrimonio Mundial - Crédito: TT Catal? - DPI"A Unesco, organização internacional de educação e a cultura, vai se reunir em 2013 para avaliar a inclusão da Roda de Capoeira na lista representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade. O Brasil já tem 2 manifestações culturais (bens imateriais) declaradas nessa lista, o samba de roda do Recôncavo Baiano e a arte gráfica dos índios Wajãpi. Em 2013 pode ser a vez da Roda de Capoeira. È mais um passo na consolidação da Capoeira como expressão original do povo brasileiro que se oferece aos povos do mundo como prática, atitude de vida, pensamento, técnica, esporte, prazer, arte e cultura.

Não é só mais um título bonito para colocar na parede nem é mais um simples reconhecimento para compor discursos de exaltação. Vai além. É um pacto entre o Brasil (governo e sociedade) e o mundo para aumentar as bases de expansão das nossas raízes. Um passaporte a mais para abrir fronteiras e dar o tom brasileiro, detentor absoluto das raízes dessa prática, no cenário internacional. O título é um ato de fortalecimento que não interfere na autoria da Capoeira nem na autoridade dos Mestres. A Capoeira continua fiel a sabedoria dos que a criaram sem perder direitos nem sofrer intervenção em seu conceito ou prática. O que se abre é a possibilidade de criação de mais estrutura e força política. Obriga governos e instituições a um zelo mais profundo no incentivo e manutenção das políticas públicas com investimentos continuados e programas definidos a partir do diálogo.

O mundo da Capoeira sabe o valor histórico da luta e o quanto se avançou até aqui. Sabe o tamanho do desafio para prosseguir e o tanto que se exige para uma paixão sair da semente até virar tronco forte na vida. O título da Unesco será mais uma conquista nesse caminho. A Capoeira precisa do comprometimento de muitas parcerias e pontes para ter a chance de se mostrar autêntica e única. Sem perder o tom da raiz brasileira e da sua nem entregar suas raízes para oportunistas. Ninguém “vira patrimônio da humanidade”, do nada. É um processo longo em que o mundo reconhece a realidade que já existe e vai ajudar na estratégia de continuidade mais forte dessa prática, saber, paisagem, pensamento ou celebração."
 ...
 
 
Aproveite também e acesse o link para assinar a petição on-line para tornar a a Roda de Capoeira um Patrimônio Imaterial da Humanidade
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinar.aspx?pi=IPHAN

Para ler o texto na íntegra acesse a página do IPHAN ( Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16463&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Agenda AFRO

III Pensando Áfricas e Suas Diásporas
I Encontro de Antropoligia e Educação
Data: De 26 a 28 de setembro
Local: Universidade Federala de Ouro Preto:
Mais informações: neabufop.blogspot.com




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Entre os dias 04 a 05 de outubro, será realizado: 
FÓRUM DE POLÍTICAS  DE COMBATE ÀS OPRESSÕES (Racismo, Machismo e Homofobia)

Local: Centro de Ensino e Extensão ( CEE), na UFV.




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 De 12 de setembro a 30 de novembro, acontecerá a Exposição de Arte Nigeriana no Brasil 2012
Local: Galeria de Arte Africana
Endereço: Rua Cambuquira 178, Carlos Prates - Belo Horizonte - MG



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VII Seminário de Racismo, Educação & VII Seminário de Gênero, Raça e Etnia
Data: de 08 a 10 de novembro
Local: Universidade Federal de Uberlândia - MG



Conheça a Fundação Cultural Palmares

 
 

Criada em 1988, a Fundação Cultural Palmares é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira. Preocupada com a igualdade racial e com a valorização das manifestações de matriz africana, a Palmares formula e implanta políticas públicas que potencializam a participação da população negra brasileira nos processos de desenvolvimento do País.
Fruto do movimento negro brasileiro, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra.
 
Tornar-se referência nacional e internacional na formulação e execução de políticas públicas da cultura negra é uma das principais metas da Palmares, que atua em três eixos fundamentais para promover a inclusão da população afro-brasileira no rol de diretos previsto pela Constituição: o social e o artístico, e o de gestão da informação. Para guiar as três linhas macro de trabalho, criadas três estruturas administrativas:
O Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro (DPA);
 O Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP);
 O Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC). 
Para saber mais acesse:
 
 

NEAB UFV presente na Inauguração da Casa dos Movimentos Sociais

No último dia 30 de agosto, ocorreu a inaugaração da Casa dos Movimentos Socias, na Vila Gianetti. O NEAB UFV marcou presença com alguns de seus membros!!!
Na foto abaixo, Tuwilê e Dashiell!!!