domingo, 20 de outubro de 2013

Celebração dos 25 anos da FCP na Câmara ressalta importância da cultura negra

“Esta Fundação já nasceu com vocação para converter as manifestações artísticas culturais negras em aporte fundamental para transformação do nosso país”, disse emocionado o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, durante o discurso na sessão solene que homenageou a FCP,  realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nessa segunda-feira, 19 de agosto.

Zeca Ribeiro
Zeca Ribeiro
Hilton Cobra, presidente da FCP
O tributo reuniu parlamentares, jornalistas, representantes do Movimento Negro, mídia étnica, religiosos de matriz africana e das embaixadas africanas no Brasil para celebrar os 25 anos da instituição, criada em 1988 no momento do centenário da Abolição no Brasil e da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil.
Um viva à cultura negra – Hilton Cobra saudou a ancestralidade dos orixás e agradeceu aos funcionários e ex-presidentes da instituição pelo trabalho desenvolvido ao longo desses 25 anos. O presidente da FCP destacou que é preciso tirar da subalternidade as práticas culturais de mulheres e homens negros proporcionando soberania plena para exercerem sua cidadania. “Que viva o candomblé, a umbanda, o vodum, a quimbanda, o maracatu, a capoeira, o jongo, a congada, o reinado, o samba de roda, o bumba meu boi, o chorinho, o acarajé, o povo quilombola. Que viva Mãe Beata, Conceição Evaristo e Makota Valdina”.
Colóquio Congresso Nacional - Autor da proposta para homenagem na Câmara, o deputado Edson Santos, ressaltou a importância dos princípios das ações afirmativas como ferramentas de transformação social e de valorização das manifestações afro-brasileiras. “O Congresso Nacional ao realizar essa homenagem reconhece o valor da Fundação Cultural Palmares”, comemora.
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luíza Bairros, chamou a atenção para as conquistas da população negra e os processos de ascensão vertical da população negra, frutos das ações afirmativas e dos atos políticos propostos pelos últimos governos. “Em 2005, o Prouni  já tinha conseguido atingir 110 mil estudantes em todo Brasil, hoje são quase 1 milhão e 300. Hoje, vivemos em um país que tem uma consciência racial bem maior que anos atrás, que cresce com a expansão do movimento negro”, destaca.
Zeca Ribeiro
Zeca Ribeiro

Luiza Bairros, Ministra da Igualdade Racial

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